quarta-feira, 13 de junho de 2012

Resumo da História Wicca até aos dias presentes:

Aqui encontra-se um pequeno resumo da passagem da Antiga Religião pelo Mundo através dos tempos; os momentos históricos registados pela mesma, a sua queda e a seu ressurgimento.

Animismo: Há 25 mil anos o Homem Paleolítico acreditava em uma multidão de Deuses. A Natureza era impressionante. Com o seu espanto e respeito pelo vento impetuoso, pelo violento relâmpago e pela correnteza apressada, o Homem relacionou a cada um uma energia espiritual; fez de cada um uma divindade: um Deus.

A Dra. Margaret Murray foi uma dos muitos cientistas que procurou as origens de magia, "feitiçaria" ou ate mesmo bruxaria como algumas pessoas a chamam. Ela viu as origens da Arte nas eras paleolíticas; 25 mil anos atrás. Recentemente, os estudiosos têm contestado muito do que Murray disse, além das suas teorias ainda serem respeitadas. A Dra. Margaret Murray viu as origens da Arte como uma linha mais ou menos intacta até ao presente e como uma religião plenamente organizada na Europa Ociedental, séculos antes do Cristianismo.


  • A 1ª forma de Magia foi talvez a variedade simpática. Coisas similares, era o que se pensava, tem efeitos similares: semelhante atrai semelhante. Se fosse feito um modelo em argila de um bisão em tamanho real e ele fosse atacado e "morto, então, uma caça a um bisão de verdade também terminaria em morte. (Talvez um dos primeiros rituais mágicos).
    • Os Índios de Penobscot, por exemplo, ainda há menos de 100 anos atrás usavam máscaras de cervo e chifres quando realizavam rituais para o mesmo propósito, a caça. Outro exemplo ainda é a Dançado Búfalo dos Índios de Mandan.
      • Com a existência deste Deus da Caça havia uma Deusa e quem apareceu primeiro na verdade não se sabe, o que não quer dizer que não seja irrelevante. Acreditava-se que se haviam animais para caçar, deveria haver fertilidade nesses animais - Deusa da Fertilidade, hoje conhecida como Deusa do Amor, Vênus. No entanto hoje verifica-se que a Deusa Vênus e a Deusa da Grande Arte são "Entidades" distintas. A Mulher era a que carregava e nutria os jovens. A Deusa era a sua representação como a Grande Confortadora; sendo assim a Mãe Natureza ou Mãe Terra.
        • Com o decorrer do tempo o Deus e a Deusa foram adquirindo outros nomes: Em relação ao Deus é encontrado Cernunnos (literalmente "O Chifrudo"), também é conhecido como Cerne, uma forma mais curta, ainda em outra área o nome tornou-se Herne e passou a ser visto mais como um Deus na Natureza em geral, um Deus da Morte e do que há depois dela. Com a Deusa, além da Fertilidade, passou a ser também do Renascimento pois os Homens desenvolveram a crença na vida depois da morte. Passou a ser chamada de Deusa Tríplice, sendo assim uma Divindade Triádica composta de uma Deusa Virgem, Uma Deusa-Mãe e uma Deusa-Anciã. Também descrita como a Deusa da Lua, Diana ou Hécate.
          • Com o desenvolvimento de diferentes rituais, necessariamente se desenvolveu um Sacerdócio: eram seleccionados os que eram capazes de trazer mais resultados quando dirigiam os rituais. Esses líderes Rituais ou Sarcerdotes e Sacerdotisas tornaram-se conhecidos como os Wicca - Os "Sábios". Assim começou a existir também o termo Witan - Concelho dos "Sábios". Os Wicca não conduziam apenas os rituais religiosos, mas também deviam ter conhecimento de ervas, magia e adivinhação.
            • Nos primeiros dias do Cristianismo, as igrejas que foram erguidas foram decoradas por Pagãos com figuras das suas próprias divindades. O Papa Gregório, O Grande, induzia as pessoas à fé cristã e com a construção de igrejas com esculturas de outras divindades, as pessoas mesmo forçadas a ir às igrejas, podiam na mesma cultuar os seus próprios Deuses.
              • Quando o Cristianismo começou a ganhar força, a Antiga Religião - Wiccans e outros Pagãos - tornou-se a sua rival e então com frequência se diz que os Deuses de uma velha religião tornaram-se os Demónios da nova. Logo o Deus da Antiga Religião, segundo o Cristianismo, passou a ser o Demónio Cristão. Então, considerou a igreja, que os pagãos eram adoradores do Demónio, pensamento e raciocínio que ficou e ainda hoje é usado pela igreja.
                • Em 1484, o Papa Inocêncio VIII produziu a sua bula contra as Bruxas. Dois anos depois dois infames Monges Alemães, Heinrich Istitoris e Jacob Sprenger, produziram a sua inacreditável invenção de antibruxaria, O Malleus Maleficarum - O Martelo das Feiticeiras - , que era um livro composto por 3 partes:
                1. Três concominantes necessários da Bruxaria que são: O Diabo, uma Bruxa e a permissão do Senhor.
                2. Tratando dos métodos pelos quais os trabalhos da Bruxaria são lavrados e direccionados e como eles podem ser anulados e dissolvidos.
                3. Relativo aos procedimentos judiciais em cortes cívis e eclesiásticas contra Bruxas e todos os hereges.

                • Com o lançamento do livro, as pessoas pareceram começar a enlouquecer e em 1586, o Arcebispo de Treves decidiu que as Bruxas locais tinham causado o recente Inverno severo. Pela mossa de tortura frequente, uma "confissão" foi obtida e 120 mulheres e homens foram queimados até á morte sob a acusação de que haviam interferido com os Elementos.
                  • Uma estimativa grosseira do número total de pessoas queimadas, enforcadas ou torturadas sob a acusação de Bruxaria é 9 milhões e obviamente, nem todas eram seguidoras da Antiga Religião. Isto era uma boa oportunidade para alguns se verem livres de qualquer um contra quem tivessem algum rancor, uma vez que só a palavra ou acusação verbal as autoridades já causava motivo de suspeita sobre a pessoa acusada.
                    • Um dos maiores exemplos desta histeria e caça às Bruxas pode ser encontrado no caso das assim chamadas Bruxas de Salem, Massachusetts. É pouco provável que muitas das vítimas aqui executadas fossem seguidoras da Antiga Religião, talvez à excepção de Briget Bishop e Sarah Good.
                      • As Bruxas não eram adoradoras do Diabo. O Satanismo surgiu de pessoas que como as suas vidas não eram melhoradas ao rezarem para o tão chamado Deus do Amor, decidiram rezar para o seu adversário, pois se Deus não iria ajudá-las, talvez o Diabo ajudasse. Uma paródia ao Cristianismo, uma imitação dele, uma revolta contra a dureza da igreja. (Se bem que os conceitos referentes ao Satanismo até aos dias de hoje já tenham sido bastante alterados.)
                        • Não levou muito tempo ate que a Mãe Igreja percebesse essa rebelião. O Satanismo era anti-cristão. Assim sendo e cometendo um grande erro, aos olhos da igreja também a Bruxaria era anti-cristã, logo Bruxaria e Satanismo eram uma coisa só, quando não têm nada a ver nem se relacionam.
                          • Em 1604 o Rei James I passou o seu Acto contra a Bruxaria, mas este foi revogado em 1736. Este Acto afirmava que não existe tal coisa como Bruxaria e afirmar ter poderes ocultos era estar sujeito à acusação de fraude e pelos 300 anos seguintes a Bruxaria aparentava estar morta... Mas uma uma religião que durou 20 mil anos não morre assim tão facilmente e em pequenos grupos - Covens sobreviventes, às vezes apenas com membros da família - a Arte sobreviveu.
                            • Finalmente em 1921 foi quando se começou a olhar para a Bruxaria sem preconceitos através do lançamento do livro "O culto das Bruxas na Europa Ocidental" de Dra. Margaret Alice Murray, no qual estudou os registos dos julgamentos na Idade Média que lhe indicaram esta religião pré-cristã.
                              • Apenas em 1931 a Dra. Margaret Murray ampliou as suas visões e lançou o segundo livro "O Deus das Feiticeiras".
                                • Em 1951, na Inglaterra, as últimas leis conra Bruxaria foram finalmente revogadas, deixando assim uma caminho livre para que os próprios Bruxos/as falassem.
                                  • Em 1954 o Dr. Gerald Brousseau Gardner contou como a Arte ainda estava viva, embora oculta. E ainda lançou um livro de título: "Witchcraft Today - A Bruxaria Hoje".
                                    • Além de "Witchcraft Today", Dr. Gerald Gardner ainda escreveu mais livros ao longo de dois anos, recebendo algumas críticas ou até mesmo acusações.

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